Moseo Cristiano dOltre Tomba Um aspecto do”Moseo Cristiano d’Oltra Tomba”. Interpretação superticiosa entre os espíritas… e católicos!
Diversos aspectos da termogênese — Termogênese, como sua etimologia indica (= produção de calor), é a energia humana transformada e exteriorizada invisivelmente (telergia) como calor. Quando a telergia produz chamas, o fenômeno chama-se pirogênese (etimologicamente: produção de fogo). Dentro da termogênese, podemos citar os casos de elevação exacerbada da temperatura do corpo; as pessoas que dormem na neve, aquecidas, sem agasalho nenhum, e a derretem rapidamente; ou que em procura de refrigério para o calor que sentem fazem ferver a água em que mergulham; a violenta concentração de todo o calor do organismo numa determinada parte do corpo enquanto todo o resto fica frio como cadáver etc. Várias religiões, em todos os tempos, têm falado do “calor místico” (?!).E a dramática autocombustão, inclusive a carbonização de todo o próprio corpo, ou até só ficarem os ossos calcinados. E com referência à pirogênese podemos aludir também a esses casos e situações que originaram o apelido de pessoas “elétricas”, sem atenuantes, pelas descargas, às vezes fortes, que provocam. Etc.
Com a termogênese as casas ficam “mal-assombradas”. Roupas ardem “espontaneamente”, objetos começam a arder quando determinada pessoa passa perto, incêndios…
Maravilhoso fenômeno parapsicológico, às vezes impressionante e mesmo dramático. Tudo isso -como todos os fenômenos parapsicológicos de efeitos físicos- é causado pela telergia humana, dirigida (= psicobulia) pelo inconsciente do próprio homem. E a menos de 50m. de distância…
Agora vamos refletir sobre outro aspecto, aqueles casos em que, pelo fogo ou pelo calor, ficam gravadas mãos, dedos, marcas digitais… (=pirogravuras). Lamentável que tão bonito fenômeno tenha degenerado para a crassa superstição de ser considerado como identificação dos “espíritos” dos mortos e prova da sua intervenção nas que chamam “casas mal-assombradas”. E, como sempre, muitos supersticiosamente tratam de reproduzir o fenômeno nas suas sessões de espiritismo…
A assombração de Vojteher — Na Tchecoslováquia:
Anna Mracek foi encontrada morta. As suspeitas da polícia recaíam sobre o marido, o ferroviário Jean Mracek, que a teria assassinado com a colaboração do inquilino Joseph Zavrel e de outros vizinhos. Por falta de provas, foram todos postos em liberdade.
Cinco meses depois, porém, o Sr. Joseph Kreil apresentou-se ao Procurador Geral da Justiça afirmando que tinha visto em sonhos por quatro vezes seguidas o “espírito” da assassinada, que acusava o inquilino Joseph Zavrel. E para confirmação mostrava, enegrecida, a marca dos cinco dedos da mão com que o “espírito” lhe tocara nas costas. O Procurador Geral considerou a prova muito importante, e reabriu o processo. O acusado, impressionado por aquela mão do “espírito”, confessou o crime.
&& Este tipo de marca, porém, nem sequer é verdadeira termogênese. Nem sequer houve queimadura, destruição de tecidos, bolhas… Simplesmente pelo poder da imaginação, a melanina do organismo concentrou-se em forma de dedos. Dermografia (= escrita na pele). Singela. Não é necessário subir a uma dermografia mais notável, determo-nos aqui nos estigmas dos místicos e nos outrora supersticiosamente chamados “stigmata diaboli”. Basta a mais singela dermografia Quem não ouviu falar dos “desejos” das gestantes impressos na pele do feto? Basta esse fato, tão falado, para compreender o que agora nos interessa da dermografia, tema que agora devemos deixar para outros artigos.
E as visões que teve o novo acusador do marido de Anna são compreensíveis como projeção das suas suspeitas e pela raiva que sentia diante da impunidade do assassino apontado por todo o povo.
A justiça condenou o assassino porque ele confessou. A falsa identificação do “espírito” da vítima, reforçada pelo esgotamento originado pelo processo, levou-o à confissão.
Não havia possibilidade de comparar as “impressões digitais” dos dedos dermográficos nas costas do acusador, com as impressões deixadas em vida pela vítima em algum lugar. A dermografia, a falsa “impressão a fogo”, não foi sancionada. Não se pode conceber que tal identificação (?) dos “espíritos” dos mortos entre na jurisprudência…
Dermografia, mas não só — No mesmo ano do nascimento do espiritismo moderno, 1848, do lado católico alguns erradamente deram importância (e ainda dão!), a um caso aparentemente dramático…, que assusta os desconhecedores de Parapsicologia.
Sendo segredo de confissão, Dom De Ségur obteve licença da protagonista para referir o caso e o garante com juramento, mas não pode dar nomes.
Uma jovem viúva era freqüentemente visitada por um seu pretendente, lorde e também
jovem. Numa noite, a jovem lia tranqüilamente no seu leito. À 1 hora, apagou a luz e se dispunha a dormir, quando percebeu que a porta do quarto se abria e uma luminosidade (fotogênese) avançava. Era o fantasma do jovem lorde… Como fizera outras vezes, o jovem deitou-se em silêncio junto à aterrada viúva e disse, enquanto a agarrava fortemente pelo pulso: “O Inferno existe, ardo nele!”, e desapareceu. Pelo pavor e pela dor no pulso atingido, a jovem desmaiou.
Na manhã seguinte, ela descobriu no seu pulso uma profunda queimadura, e o tapete do
quarto apresentava diversos lugares chamuscados. A queimadura da viúva nunca sarou. Como sempre procurou tampar a pirogravura, foi apelidada “a senhora do bracelete”. Arrependida e acreditando-se culpável da condenação do ex-pretendente, ficou celibatária e levou uma vida penitente.
Não me compete discutir a decisão tomada por aquela jovem senhora de dedicar-se inteiramente ao serviço de Deus e à penitência. Mas em si mesmo considerado, o motivo que deu ocasião a essa decisão é certamente errado. Precisamente o fenômeno para-normal (PN) mais freqüente é a adivinhação por sugestão telepática (ST) da morte de um ser querido. Suposta a ST, ver o seu pretendente (mera alucinação ou até poderia ser fantasmogênese ectoplasmática) e como vindo do Inferno, é pura elaboração mental.
Não pode ser uma realidade… Ninguém sai do Inferno, o “fogo” do Inferno não é como nosso fogo que possa agir sobre outra pessoa, sobre o tapete…, os corpos ressuscitados não são visíveis para nós, etc., etc., etc. Inúmeros motivos, evidentes. Não precisamos nos deter agora. Aqui, para a interpretação espírita de assombração e identificação, não vale o caso pois os “espíritos” dos mortos, negam (prepotência claramente doentia) a revelação divina da existência do Inferno…
Em ambiente católico – Supersticiosamente, deslizando para o lado da aberrantemente interpretação espirita, muitos, milhões, ainda hoje dão grande importância a um caso acontecido em 1712:
Em Nápoles conserva-se um quadro de Jesus crucificado, em cuja parte inferior à direita e à esquerda do pé da cruz, a tela está perfurada, com contornos queimados e perfeitamente recortados, como se tivessem sido produzidos por duas mãos incandescentes. Também a haste horizontal está profundamente queimada por aquilo que seriam os pulsos.
Conserva-se também uma relação datada de 4 de novembro de 1712, assinada pelo Padre Sacarelli, à época superior da Casa das Missões de Florença, em S. Jacobo sobre Arno, onde aconteceu o fato. Dez anos mais tarde, Sto. Afonso Maria de Ligório -futuro fundador dos redentoristas- então com 12 anos de idade, ficou aterrado com o quadro. Fala-se na sua biografia da terrível impressão que lhe causou. A ele e mesmo ao seu pai, e a muitos representantes da nobreza napolitana, quando foi exibido dramaticamente pelo famoso pregador Pe. Cuttica como prova (?!) dos tormentos do Inferno. As pirogravuras teriam sido feitas pelo “espírito” de uma mulher pecadora que falecera repentinamente e que teria vindo do Inferno à casa do seu antigo companheiro de orgias adúlteras. Terrível assombração embora com a piedosa intenção de converte-lo a Cristo. Ao seu ex-amante “declarou responsável pela sua condenação eterna”.
O quadro e os documentos se guardam na Casa das Missões, Via Vergini 51, Nápoles. Até
bem recentemente expunha-se o quadro aos participantes de retiros espirituais… Para os espíritas, se os espíritas fossem capazes na sua lavagem cerebral de um mínimo de lógica, seria contraditório falar de identificação e assombração por um “espírito” vindo do Inferno!
No catolicismo, aquela interpretação deslizando para o espiritismo…
Seria contraditório que uma “alma” (repito: não há almas ou espíritos separados, senão pessoas ressuscitadas) viesse do Inferno a fazer apostolado e ainda tocasse reverentemente os lados da Imagem de Jesus Crucificado…
Trata-se do magnífico fenômeno termogênese, de um vivo, concentrando nas mãos a maior parte da temperatura do corpo todo. Também, junto com a termogênese, puderam haver surgido mãos ectoplasmáticas (transformação e exteriorização visível da energia corporal) por ideoplasmia (= idéia plasmada). Em ambos os casos, sintomas e projeção das angústias inconscientes de um vivo. E como sempre, a menos de 50 m. do vivo, é ele que realiza o fenômeno…
Até o papa? — Idênticas considerações devem fazer-se no célebre caso de Domenico Denza:
A Marquesa Laura Poppoli Astalli, após a morte, haveria vindo pedir 200 Missas para sair do Purgatório. Sua “alma” deixou sobre a cama do fidalgo Domenico Denza a marca da mão. Um detalhe: era defeituoso o dedo mínimo, porque a Marquesa, quando criança, o queimara acidentalmente! As marcas das mãos foram impressas “delicadamente”, em tom fosco, queimando sem perfurar as cobertas. “É que o fogo do Purgatório é mais delicado que o do Inferno”…
Entre outras muitas pessoas, as marcas foram admiradas pela rainha da Suécia, pelo cardeal Carpegna e pelo Sumo Pontífice Inocêncio X.
Que o fenômeno da pirogênese junto com a ecto-colo-plasmia (cólon, em grego = membro ou parte) pode chegar a ser maravilhoso, é evidente. Mas admiração (da rainha, do cardeal, do papa) não significa necessariamente que tenham caído na absurda interpretação supersticiosa de que se trataria de intervenção de “alma” vinda do Purgatório!
É absurdo identificar o fogo e o calor do nosso mundo, o fogo e calor da pirogênese e da termogênese, e seus efeitos, com o chamado “fogo” do Purgatório. Nem o fogo do nosso mundo poderia queimar os “espíritos”, nem o “fogo” espiritual poderia queimar e consumir os cobertores!
O fato não serve para a identificação do “espírito” da falecida marquesa. A mão e o dedo defeituoso não são da marquesa, provêm do ectoplasma do fidalgo, é a ideoplasmia do vivo. E a menos de 50 metros…
O fato serve para identificar o fidalgo, o homem piedoso, “Cavalheiro do Santo Sepulcro”.
O fato serve para identificar a mentalidade de uma época: as visões ocorreram em 26 de fevereiro, 11, 14, 19 e 23 de março; e a termogênese se deu em 19 de abril de 1683. O Purgatório era então erradamente imaginado como lugar de fogo físico, lugar de castigo corporal em uma eternidade contraditoriamente temporal.
Também não se entendia o valor infinito de uma Missa. As espórtulas para os sacerdotes freqüentemente caíam em certo mercantilismo. Por isso a “aparição” -o inconsciente do fidalgo- pedia nada menos que 200 Missas!
Para a lógica (?) dos “mestres” espíritas, esta assombração e identificação, até do dedo defeituoso, teria que acarretar a doutrina católica -verdadeiramente entendida; sem dramatismos populares- de sufrágios, Missas, Purgatório…, tudo tão oposto à doutrina espírita…
“Moseo Cristiano d’Oltre Tomba” — Até bem avançado o século XIX, conservava prestígio quase geral a coletânea feita pelo beneditino Dom Augustin Calmet. Coletânea de pirogravuras, à época consideradas erradamente como provas deixadas por “almas” do Purgatório!, e hoje paparicadas pelos “mestres” do espiritismo como o máximo das provas da intervenção e identificação dos “espíritos” dos mortos…
Em 1900 iniciou-se a coleta de documentos para o que alguns anos depois seria chamado “Museu das Almas do Purgatório” e, mais tarde, até com desprezo, “Moseo Cristiano d’Oltre Tomba”. A quase totalidade dos casos recolhidos, porém, são de dois séculos anteriores.
Um sacerdote francês, Pe. Victor Jouet, da Congregação do Sagrado Coração, trabalhando em Roma, estava imbuído de idéias e imagens traumatizantes e absurdas sobre o Purgatório. A origem do seu trauma foi a pirogênese exteriorizada talvez por ele mesmo, talvez por um de seus ouvintes impressionados pelas idéias já doentias do padre:
*** 15 de novembro de 1897. O Pe. Jouet estava rezando pelas “almas” na Igreja do Sagrado Coração do Sufrágio -onde está agora o Museu-, em Roma. Viu que a moldura de um quadro de Nossa Senhora começou a arder. O pequeno fogo, tão pequeno que não chegou a estragar a pintura, quase não deixou marcas na moldura, mas deixou marcas de fumaça na parede. O espanto do imaginativo padre foi ao máximo quando pensou descobrir nas marcas de fumaça a “silhueta deformada de uma alma (…) (mostrando) toda a dor das almas em sofrimento (…) nas penas do Purgatório”.
Como é a silhueta de uma “alma”? E precisamente de uma “alma” do Purgatório?
*** Em 1900, ele fundou a revista Il Purgatório. Até 1912, ano em que o Pe. Jouet morreu, tinha recolhido 280 marcas (pirogênese) que seriam de “almas”, casos bem documentados, de todo o mundo.
O bispo Gilla Gremigni e o Pe. Ricasoli selecionaram o que mais os impressionara do material do Pe. Jouet e de outros, o que tivesse melhor documentação, mais testemunhos e aprovações das autoridades. Formaram assim o “Piccolo Museo del Purgatorio”, na Via Lungo Tevere Prati, 12, propriedade da Arquiconfraria, e adjacente à Igreja do Sagrado Coração do Sufrágio.
Museu original e único no gênero. Casos verificados historicamente, como fatos, com muito senso comum. Mas na interpretação sem conhecimento de mágicas e muito menos de Parapsicologia. Nada científico na interpretação que pretende impor e que se tornou responsável por muitos traumas psicológicos falsamente religiosos.
*** Escrevia Mons. Pedro Benedetti, primeiro sucessor do fundador na direção do Museu:
“É preciso evitar as pessoas que, a priori, se limitam (…) a sorrir incredulamente perante as manifestações sensíveis do além (…) Não é justo rejeitar sem prévio exame o testemunho de pessoas dignas de crédito (…) Também não se pode negar a possibilidade de comunicação entre as almas da Igreja purgante e nós, (…) com permissão divina”.
A Parapsicologia aceita os fatos, sem apriorismo. E após longo, detido e “prévio exame”, nega a interpretação, completamente falsa e mesmo absurda.
Realmente lógica a admiração por tais efeitos da termogênese. Até certo ponto desculpável a interpretação supersticiosa, naquela época quando, aliás, nada sabiam de Parapsicologia. Hoje o Vaticano proíbe a abertura do museu ao público, para evitar a absurda interpretação supersticiosa. Conservando, porém, a coleção pelo seu interesse científico.
Mas os espíritas… Na sua parafrenia (pois não se pode acusar a todos de vontade de enganar) fizeram grande publicidade desta coletânea como se fosse prova de assombração e identificação de “espíritos” dos mortos!!
Os espíritas de hoje, como Enrique Rodrigues (que se apresenta, falsamente, como engenheiro, parapsicólogo e católico; só é fotógrafo e fanaticamente espírita), apoiando-se no antiquado Museu do Purgatório para propagar o espiritismo, nem percebem na sua parafrenia que assim destruem a doutrina espírita (como se pudesse ser destruída mais do que está; para qualquer mínimo de lógica evidentemente é totalmente falsa, contraditória e absurda).
Quatro aspectos da pirogravura atribuida superticiosamente ao dedo polegar de uma alma do purgatório! Conserva-se na biblioteca do decanto de halo (Insbruck-Australia).
Em livros — Um dos mais antigos documentos recolhidos no Museu refere…
*** a aparição, em 1670, do primeiro pároco de Hall, Pe. Cristobal Wallbach, morto 63 anos antes. Indicando que queria orações do vidente. No Museu se conserva o livro: “Um dedo de fogo” perfurou da capa de madeira, coberta com pele de javali, até a página 81.
&& Não há tempo nem mudança na eternidade. Assim, não pode aceitar-se a afirmação de que esse padre estivesse já 63 anos no Purgatório esperando mudar-se para o céu!
E para os espíritas latinos: durante todo esse tempo o “espírito” do padre teria “esquecido” de se reencarnar?! (e digo “latinos”, porque os espiritas menos incultos, os anglo-saxãos chamados davinianos, não aceitam o absurdo da reencarnação…). .
*** Em 21 de dezembro de 1838. Em Sanable (Antigo Ducado de Lorena), Lorraine, França.
Também para indicar que precisava de orações, o “espírito” de Joseph Schitz teria deixado pirogravura da ponta dos cinco dedos da mão direita, perfurando 9 folhas, ao tocar o devocionário em língua alemã do seu irmão Jorge. Apesar da vida desregrada que levara, haveria conseguido salvar-se porque a culpa seria mais de Jorge, o sobrevivente. Mas estaria sofrendo terrivelmente no Purgatório.
“A culpa foi minha”, “ele foi arrastado”, “deve estar sofrendo terrivelmente”, “tenho de rezar por quem desencaminhei”…
Estes remorsos de Jorge, lógicos dada a mentalidade da época e pelo relacionamento com seu irmão, explicam a psicobulia (as idéias e desejo do inconsciente) e a projeção com termogênese e visão alucinatória (ou fantasmogênese, se a tal chegou!).
*** No Domingo, 5 de março de 1871, três dedos perfuraram o livro de orações de Maria
Zaganti de Poggio Berni, de Rímini. Tê-lo-ia feito o “espírito” de Palmira Rastelli, irmã do pároco de Santo André, de Pádua, falecida dois meses e meio antes, em 18 de dezembro. Teria vindo pedir uma Missa e orações. E sobre o livro “A Imitação de Cristo”, com o qual estava rezando Marguerite Dammerlé, de Erlingen, Metz, França, teria impresso os dedos o espírito da sogra, falecida de parto trinta anos antes. Apareceu repetidas vezes, sempre gemendo de dor. Estava vestida muito religiosamente de peregrina.
=Apesar de que os dedos da “alma” do Purgatório teriam queimado o livro deste mundo, não queimavam a “roupa do além”… E no além tem roupa?
*** A “alma” da sogra haveria pedido à nora que fosse ao Santuário de Nossa Senhora de Marienthal e que lá mandasse rezar duas Missas. Satisfeito seu pedido, o “espírito” da sogra haveria vindo a agradecer e despedir-se. Ainda estaria no Purgatório! Foi então que queimou o livro… e imediatamente se transfigurou, inundando-se de felicidade e de luz, e desapareceu “rumo ao Céu”.
Todo o conjunto reflete claramente as confusas idéias religiosas da visionária… Em roupas — O museu também mostra…
***gravuras a fogo sobre o avental e uma tira de fazenda da irmã Margarida Herendorps (ou Rerendorts), religiosa do mosteiro beneditino de Vinnemberg (Wesfalia). Tê-las-ía deixado a mão da “alma” de uma ex-colega, Irmã Clara Scholers, falecida durante a peste, em 13 de outubro de 1637.
Morte prematura, imprevista…, evidentemente deixou “marcas” no psiquismo da outra freira, hiper-emotiva…, motivando a termogênese.
*** O “espírito” da Sra. Leleux, teria vindo à cidade de Wodeco-Mas (Bélgica) para repreender a vida dissoluta de seu jovem filho Joseph. Para que refletisse sobre os terríveis castigos que o esperavam se não se emendasse, a “alma” incandescente da mãe agarrou o filho pelo braço proporcionando-lhe dolorosíssima queimadura (dermografia além da termogênese). No Museu conserva-se a camisa com a marca carbonizada dos dedos.
Manifestamente o caso é projeção das recriminações da consciência e das idéias religiosas do jovem: Joseph Leleux mudou radicalmente de vida. Depois fundou uma associação religiosa de leigos, morrendo com fama de santidade.
*** Pirogravuras sobre a camisola de uma menina siciliana teriam sido deixadas pela “alma” de sua irmã morta. Suplicaria orações porque sofria muito no Purgatório.
Pirogravuras apesar de a visão ter ocorrido em sonhos!
*** Antes de morrer, Louise de Sénechal, em Ducey, fizera o marido prometer que mandaria rezar três Missas em sufrágio pela “alma” dela. O marido não encomendou as Missas. A casa tornou-se “mal-assombrada”.
É preciso lembrar ao leitor que este e casos idênticos se explicam pela luta de consciência, neste caso do marido, que não cumpriu sua promessa?
*** O marido tentava tranqüilizar-se alegando a si mesmo que não encomendara as Missas por falta de dinheiro. A filha tinha, mas como pedir a ela? Na noite o “espírito” da defunta “apareceu envolta em terríveis chamas” do Purgatório, e para que a filha acreditasse no pai e pagasse o estipêndio das três Missas, tocou no gorro de dormir do esposo, deixando marcada toda a mão. Naquela mesma noite, a “alma” de Louise Le Sénechal, “em figura ardente”, foi vista elevando-se ao céu.
O inconsciente do marido encontrou o modo de tranqüilizar-se e de convencer a filha. Mas não convence que a alma (!) “em terríveis chamas” não queimasse o chão, a cama… Só o gorro do marido! E muito menos convence que a esposa fosse para o céu ainda em chamas, “em figura ardente”.
E “naquela mesma noite”: Sem esperar que o marido convencesse a filha, que a filha aceitasse, que o padre rezasse as Missas. É certo que para Deus não há tempo, mas antes da pirogênese também não havia tempo para Deus… Contradições demais, ignoradas pela mentalidade supersticiosa. Mesmo assim, como é que os “mestres” do espiritismo podem aferrar-se a estes casos, que se houvessem de interpretar-se como intervenções e identificações de “espíritos” de mortos arrasariam -como se tais idiotices merecessem mais arrasamento- com a doutrina espírita?
*** A irmã Maria Margarida morria em 5 de julho de 1894. Poucas horas depois, a superiora, que fora muito severa com a doente, já via o “espírito” da morta pedindo orações porque estava sendo castigada no Purgatório pelas faltas de paciência. Com o dedo perfurou a fogo uma almofada. Dez dias depois já veio, felicíssima, a agradecer: passara à Glória.
E assim se acalmavam os angustiosos remorsos da superiora…
Em madeira – Um caso macabro que se fez famoso. Aconteceu em Mantua.
*** O caso de madre Chiara Isabella Fornari, abadessa do Mosteiro das Clarissas. Ela viu o “espírito” do Pe. Panzini, olivetano, seu confessor, que viria do Purgatório, pedindo-lhe que mandasse rezar Missas. A “alma em pena” teria esculpido delicada, perfeita, calmamente, com a ponta do dedo indicador incandescente, uma cruz no tear de madeira que a religiosa usava para seu trabalho. Na lateral da madeira, como se o “espírito” precisasse se apoiar enquanto desenhava, marcou toda a mão esquerda.
Pôs depois a mão esquerda sobre uma folha de papel: perfurado, nas bordas chamuscadas, o papel mostra os contornos da mão. Apavorada, a freira quis fugir, mas a “alma” do padre agarrou-a com a mão direita: o calor da mão perfurou, deixando nítidos os contornos, a manga do hábito e a camisa da religiosa.
Conserva-se tudo, madeira, papel e hábito, no Museu. E a relação acrescenta que também
havia ficado no braço da Madre Chiara a pirogravura da mão do “espírito”. Seria por isso que nas bordas chamuscadas da camisa aparecem marcas de sangue.
= Macabro. Para assustar crianças e pessoas de mentalidade simplória como os espíritas. Na realidade absurdo e contraditório. Se esses destroços fossem causados pelo toque da mão do fujão do Purgatório, também teriam causado destroços os pés no assoalho: ou será que ele estava usando chinelos astrais?!
Nem teria sentido refugiar-se na ideoplasmia e psicobulia do “espírito” do defunto, pois então caberia exigir de quem vinha pedir favores que ao menos não machucasse o braço da religiosa.
Madre e confessor, em vida, devem ter se tratado sempre com o máximo respeito e delicadeza. Tão macabra agressão não tem lógica, como em tantas outras manifestações doentias de inconscientes traumatizados.
Mais absurdos ainda e menos lógicos são outros casos do Museu:
*** Pareceria que o “espírito” de um frade capuchinho deixou a marca de seu dedo ígneo
sobre a mesa de madeira de sua dirigida espiritual, Madre Maria Madalena da Ssma. Trindade, fundadora do Instituto das Filhas da Imaculada Conceição. E deixou também sobre a mesa a marca de uma bola! Bola de fogo! Com que outro tipo de bola jogar-se-ia futebol no Purgatório?!
Pior ainda:
*** Havia um avaro tão avaro, que quando morreu levou consigo a bolsa de dinheiro. No
Purgatório, é claro, a bolsa e o dinheiro ficaram incandescentes. Quando o avaro veio pedir Missas a um amigo (pedir é fácil para um avaro, e mais para poder sair do Purgatório), e trouxe a bolsa consigo (pelo visto ainda continuava avaro). Sobre a madeira da mesa do amigo ficou a pirogravura… da bolsa de dinheiro!
Em fim, contraditório todo o conjunto das marcas como identificações de “almas” do Purgatório. Anti-científica a interpretação sugerida no Museu. Projeções de opiniões em épocas pouco esclarecidas. Identificação de “espíritos” de mortos, certamente não. E pena que as pirogravuras, em si mesmas tão bonitos fenômenos parapsicológicos, sejam enlameadas com tanta ignorância e superstição…
Triunfou o bom senso? — Já em tempos modernos, um caso análogo reacendeu a polêmica.
*** Humberto I, da Itália, foi assassinado por um anarquista. Trinta e dois anos mais tarde…
Há tempo na eternidade? Ainda estaria no Purgatório! E isso apesar do apelido que o povo lhe dera: “O Bom”.
*** Um soldado fazia sentinela no cenotáfio erigido em memória do rei assassinado. Apesar de lá não se guardar o augusto corpo…
O soldado -segundo alguns, na polêmica posterior- ao longo da noite teria ido enchendo a cabeça desses absurdos melodramas de aparições de “espíritos” de mortos.
*** No dia seguinte, o soldado queria transmitir ao rei Victor Manuel III uma mensagem que o “espírito” de Humberto I lhe haveria comunicado. E mostrava o grosso capote militar de inverno, queimado nas costas em forma de mão, porque o “espírito” do Rei falecido a teria aí colocado.
Os supersticiosos, e para os supersticiosos, a favor da mensagem de além-túmulo “argumentavam” com os casos análogos do Museu do Purgatório.
As pessoas cultas, contra essa mensagem e contra o próprio Museu argumentavam com o fenômeno parapsicológico da pirogênese. E ainda ficava a mais provável explicação: motivos políticos e ácido sulfúrico bastavam para explicar tudo. O ácido sulfúrico enegrece e carboniza os materiais orgânicos.
Mas a parafrenia espírita continua citando o caso de Humberto I e as pirogravuras (eles geralmente não conhecem -ou fingem não conhecer- nem o termo técnico: pirogravuras) do “Piccolo Museo del Purgatorio”.
O maior fruto da polêmica foi que ficou claro também que não foram as autoridades eclesiásticas que fundaram o Museu. A Igreja oficial nunca se pronunciou nem a favor nem contra, deixou a análise do Museu aos cientistas, como é lógico.
Eram particulares as opiniões dos membros da Arquiirmandade e dos padres da igreja do Sagrado Coração do Sufrágio. Havia muito tempo que alguns padres sentiam-se a cada ano mais acanhados em mostrar e explicar o Museu, a não ser para pessoas e finalidades de pesquisa. A revista Le Purgatoire deixou de circular na Segunda década do século. E por fim, já se passaram décadas desde que o Museu foi definitivamente fechado ao público, por ordem do Vaticano.
Outros truques — O truque com diversos ácidos é hoje facilmente detectável. Pode enganar só a um exame superficial. Poderia ser aplicável a alguns, mas não a todos os casos do Museu.
Truques, porém, com premoldados metálicos incandescentes são fáceis, e impossíveis de diferenciar da pretensa mão do “espírito” do além!
Certas pessoas, em determinadas circunstancias, podem facilmente apresentar marcas de mãos, dedos etc. na pele. Basta limão e sol. Ao pôr sobre a pele, ao calor do sol, a mão molhada com sumo de limão, logo aparecem as marcas. Em medicina conhece-se o fenômeno pelo fácil (?) nome de “fitofotomelanodermatite” (fito = vegetal; foto = luz; melano = enegrecimento; dermo = pele; tite = inflamação). Mexendo habilmente a mão, ficaria marca de mão de gigante; mão de criança evidentemente é mais fácil…
É possível que muitas marcas ou estigmas pretensamente de “almas” do Purgatório, do Inferno, de demônios etc. em místicos e bruxas em épocas antigas tenham sido simples truques. Conscientes ou inconscientes.
Comprovação pelo computador da pirogravura tridimensional pela “luz sobrenatural, inexistente no mundo” (palavras de pesquisadores da NASA que em duas milhonéssimas de segundos queimou a parte interna do lençol de torino na ressurreição de Cristo. (Claro que a este tema dedicaremos, com muito gosto e agradecimento, vários artigos).
Casos reais? — Com tantos truques, fica algum caso para a ideoplasmia e a pirogênese? Sim. É possível. E provável. Sem dúvida há casos reais. As pirogravuras são simplesmente, embora precioso, um aspecto, primário e singelo em comparação com outros efeitos comprovadamente realizados pela ideoplasmia e pirogênese. Mas fenômenos parapsicológicos, como sempre, completamente irredutíveis à interpretação espírita (com aspectos de catolicismo ou com pretensões de espiritismo).
Casos contemporâneos — É claro, todo fenômeno parapsicológico é de todos os tempos, de todos os povos e em todos os ambientes (Exceto os fenômenos SN, milagres, imensamente superiores, inconfundíveis, só em ambiente divino judaico antigo, cristão e depois só católico; sensacional tema ao que devemos dedicar grande número de artigos). Por ser de todos os tempos, Inclusive com a mesma prosopopéia tipo “almas do Purgatório” ou “almas do Inferno” surgem pirogravuras também nos nossos dias… Bruno Gravinski (bom teólogo, mas medíocre parapsicólogo, como lamentavelmente ainda é freqüente), em 1964 publicava muitos casos. Por exemplo:
*** Margarida Schaffner, piedosa senhora de Gerlachshein (Baden, Alemanha), falecida em 1959 com 86 anos, tivera freqüentes, diárias, aparições (?!) de “almas” do Purgatório durante 68 anos. E de cinco delas conservou outros tantos panos com pirogravuras. A respeito desses panos, o Pe. E. Kern (falecido em 1948) escrevia a D. Thomas Norber, então arcebispo de Friburgo na Brisgóvia: “Ela possui algumas peças de linho com impressões de mãos incandescentes com detalhes que se parecem com o de radiografias. Ao todo, ela possui cinco”. Quatro destes panos conservam-se hoje no Arcebispado.
Quanta inflação!: durante 68 anos diárias visões e comunicações de “espíritos” de mortos vindos do Purgatório. E por que tudo e sempre a menos de 50 metros da histérica? Os espíritas acreditam nessa extraordinária mediunidade? Então, se ainda lhes resta um mínimo de lógica, joguem pela janela toda a doutrina espírita… (Bom, nesta reação algum proveito teria feito a parafrenia de Dona Margarida…)
O caso a seguir é bem possível, embora não sei até que ponto foi modificado…, porque quem o conta, o francês Guy Tarade, é ele mesmo imbuído de muita imaginação supersticiosa e de pouco senso crítico.
*** “Sólido espanhol da região de Múrcia, o meu amigo Carlos López (…), numa noite de
outubro de 1968 (…), regressava a seu país após longos anos no sudeste da França. Carlos visitara nessa noite alguns parentes. Voltava à velha casa da irmã, quando, na noite escura, sentiu uma presença que lhe seguia os passos. Pouco inclinado a medos, Carlos voltou-se bruscamente (…) Não viu ninguém, mas uma terrível sensação de medo e de frio fê-lo estremecer, ao mesmo tempo em que seu coração batia acelerado. Começou então a correr, sempre com a sensação de estar sendo perseguido por um ente invisível que o ameaçava. Carlos López chegou finalmente à casa salvadora da irmã, fechando com força atrás de si a enorme porta. Do outro lado uma voz gritou: ‘Tiveste sorte!’ Simultaneamente uma pancada fortíssima fazia vibrar a pesada porta de carvalho”.
“Acordada em sobressalto, a irmã de Carlos perguntou ao irmão as razões do barulho e a
causa de sua profunda perturbação (…) Ambos passaram o resto da noite em pé (…) Na manhã seguinte, quando Carlos abriu a porta da casa, viu com espanto uma mão de fogo impressa na madeira”.
Contra a interpretação espírita têm importância as contradições do imaginativo escritor ou do imaginativo protagonista, Carlos:
— Diz que era “pouco inclinado a medos”, “mas uma terrível sensação de medo e de (cala)frio fazia-o estremecer” quando estava sozinho numa “noite escura”. “Não viu ninguém”, mas saiu correndo em disparada a refugiar-se na casa da irmã!
— É perseguido por “um ente invisível que o ameaça”. Como sabe que o ameaça?
— O “espírito” do morto -na interpretação do autor e do seu amigo Carlos-não conseguiu alcançá-lo?
— E chegando à casa, o “espírito” não pôde atravessar a porta?
— Não pôde nem roçá-lo de leve, mas pôde descarregar “pancada fortíssima” que fez “vibrar a pesada porta de carvalho”?
Nada tem de especial uma mínima perturbação cinestésica com interpretação errada “de presença”. São freqüentes, vulgares. E uma vez entrado em pânico descontrolado, é perfeitamente compreensível tudo o mais de perseguição e inclusive a alucinação de ouvir a voz do inconsciente no suspiro de alívio: “Tiveste sorte!”
Naquele estado de excitação, nada estranho seria que o “suspiro de alívio” se traduzisse em projeção de uma real voz e som de pancada (psicofonia), ou mesmo uma real violenta pancada (tiptologia)…, como real foi a pirogravura.
Tudo está a “identificar o espírito”: Perfeitamente identificado o próprio inconsciente de Carlos apavorado… Como em todo fenômeno parafísico, a psicobulia é do vivo; e a telergia também, a menos de 50 metros do vivo.
Edições modernas a respeito do Museu, autores como o citado Bruno Gravinski e o também teólogo Erico Kalitta, que recentemente (1964) insistem principalmente no caso de um Missal chamuscado, mostram total desconhecimento de Parapsicologia, hoje imperdoável em quem aborda estes temas.
Definíamos o fenômneo SN, Supra-normal, milagre, como fato observável no nosso mundo por força não de nosso mundo. Não há milagres dos “espíritos” dos mortos.
O Sudário de Turim – E como em todos as classificações parapsicológicas, EN e PN, também na piro-gravura existem casos SN, milagre, divino, imensamente superior. Abordo agora só uns detalhes: no extraordinário milagre -ou conjunto de milagres- do “Santo Sudário” ao que deveremos dedicar amplo trabalho.
No Sudário aparece que o Corpo de Cristo transformou-se em luz. Uma luz desconhecida no mundo, diferente, brilhantíssima, muito superior à luminosidade gerada pela explosão da bomba atômica de Hiroshima, Nagasaki… Mas é transformação atômica e é luz. E luz com vida. O Cadáver transformou-se em luz vivente. Isso mesmo que se vislumbrava quando desde o tempo dos Apóstolos se falava em Ressurreição gloriosa.
Essa luz poderosíssima, sobrenatural, queimou a parte Interna do Sudário. Aparece a pirografia de todo o Corpo, por cima, por trás, pelos lados. Corpo sem peso: na parte correspondente às costas não há maior pressão do que nos lados e na parte da frente.
A imagem ficou gravada em relevo: tanto mais profundamente queimada a superfície das fibras da parte interna da mortalha quanto mais perto estavam ou em contato com o Corpo Sagrado. Tanto menos profundamente queimadas quanto mais afastadas. Em três milionésimos de segundo. Um milionésimo de segundo mais que o Corpo Glorioso tivesse demorado para sair da mortalha, e todo o lençol teria sido volatizado pela luz.
Todo o Corpo de Cristo ressuscitou, tudo inclusive a matéria inerte dos cabelos, da barba,
das unhas, o sangue derramado e coagulado…, menos pequenas partículas de sangue entre o tecido do lençol. Tudo transformou-se em luz.
Imagem estável, resistente à água, ao calor, à luz do mundo. Fluorescente. As análises
científicas modernas provam que a impressão por pirogênese SN foi realizada com todos os mínimos e inclusive até então desconhecidos detalhes de patologia e história da flagelação, coroação de espinhos, crucificação, morte.
Isso sim é milagre e isso sim é identificação. Impressão por termogênese incomensuravelmente superior às pirogravuras humanas. Incontestável identificação. Identificação da autenticidade do Sudário. Identificação da meticulosa historicidade dos Evangelhos na narração da Paixão, Morte e Ressurreição. Identificação de que foi precisamente de Jesus (contra a opinião “precipitada” -mal intencionada- de uns cientistas, contra o que a “máfia” de racionalistas e sequazes recentemente divulgou).
Todas as pretendidas identificações de “espíritos” dos mortos por fenômenos parafísicos, são documentos essencialmente falsos. No Sudário de Turim, porém, o documento de identificação é perfeito: marcas deixadas pelo Ressuscitado, no momento da Ressurreição, juntamente com todas as marcas que havia no Cadáver impressas Nele durante a Paixão. Identificação global, completa, sem solução de continuidade, da Pessoa de Cristo.
Identificação de um morto? Não é poder dos mortos, é como em todas as manifestações do “outro mundo”, poder divino: aquele Morto era e provou, também por estas pirogravuras SN, ser o Filho de Deus. A Boa Nova (= Evangelho), acrescentou seu “autógrafo” no mais estrito sentido do termo: gravado por Ele mesmo.